sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Achado do Simbolismo!

Eu estava pesquisando material para as aulas de Simbolismo e achei um vídeo bem legal, produzido por alunos.

Bem divertido!!! Confira aí!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

8 de outubro: Dia do Nordestino.


Hoje é dia do povo nordestino. Gostaria de nos homenagear deixando aqui uma dica de blog sobre a cultura nordestina http://culturanordestina.blogspot.com/  , ao melhor estilo de "eu não troco meu oxente pelo o ok de ninguém" RSRSRS...
Viva o nosso nordeste tão lindo, nosso povo, nossa cultura, nossa história!

sábado, 2 de outubro de 2010

Ainda sobre fala e escrita...



O que penso é que fala e escrita são 2 faces de uma belíssima moeda: a língua. Apenas isso. Sendo assim, nenhuma deve sobrepor-se a outra. Cada uma possui suas especificidades, cada qual, sua importância para história. Foi através da fala que o homem expressou seus primeiros sentimentos e impressões sobre o mundo. Já a escrita, fez com que essas impressões e sentimentos se tornassem permanentes através dos registros, leia-se registros, tudo aquilo que o homem foi capaz de registrar em forma de desenhos, diagramas, símbolos desde dos tempos da caverna até as mais complexas formas de escritos nos tempos atuais. Acho que numa sociedade letrada como a nossa, damos muitas vezes uma importância à escrita muito maior do que à fala. Entretanto, a fala não pode ser tida como inferior à escrita. A modalidade oral tem e continuará tendo uma grande importância na história das civilizações. Não podemos esquecer que, distante da nossa realidade de sociedade moderna, tecnológica e letrada, existem sociedades ágrafas que permeiam sua cultura e tradições através de séculos, sem nenhuma necessidade da palavra escrita e que nem por isso devem ser consideradas inferiores a nossa.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

As particularidades da fala e da escrita

Por mais alto que a gente grite, nossa voz só chega
até ali adiante. Já uma carta, com um bom mensageiro,
pode atravessar o mundo. É claro que hoje dispomos de
recursos poderosos para transmitir nossa voz, que os
antigos não tinham, como o telefone. Mas, desligado o
telefone depois da conversa, a memória só guarda uma
idéia geral das informações. Se for importante, é melhor
anotar – por escrito, é claro.
Também é possível armazenar o som – num disco,
numa fita magnética, num computador; e no correio
eletrônico, pelo e-mail, podemos misturar som e escrita.
Mas, por mais sofisticada que seja a tecnologia, a verdade
é que todos esses recursos são extensões da boa e velha
escrita, isto é, da fixação, por meio de sinais, da voz
humana.
Por causa dessa simples qualidade – a permanência –
a escrita dominou o mundo. Parece ser tão óbvia sua
importância que as pessoas nem se perguntam mais para
que ela serve. E se alguma criança se recusa a ir à escola,
por exemplo, ela é vista como uma criança problema...
Bem, todos nós tivemos em algum grau alguma experiência
complicada com a escrita em decorrência da sua
obrigatoriedade. Somos obrigados a ler e a escrever! E,
depois do bê-a-bá inicial, que tem sempre o prazer da
descoberta, os detalhes da escrita parece que vão se
complicando de um jeito que não tem mais fim.
A fala, que dominamos tão bem e que parece tão
simples, se atrapalha inteira quando vai ser escrita. Há uma
razão especial: escrever não é a mesma coisa que falar! A
fala é apenas um ponto de partida, uma base geral. Mas,
quando escrevemos, nós obedecemos a um sistema
particular de regras que não coincide com a fala em muitos
pontos essenciais.
Para substituir a riqueza de recursos da oralidade
(entonação, gestos, autocorreção, interrupção, pausas ...),
a escrita dispõe de recursos exclusivamente gráficos – os
sinais de pontuação – responsáveis em grande parte pela
clareza do texto.
Além disso, como normalmente quem escreve não
está junto com o leitor no momento da leitura para
esclarecer dúvidas, é preciso que o texto seja claro, isto é,
que o leitor entenda perfeitamente o que está escrito,
contando apenas com o que está escrito.
Em suma, a escrita tem um sistema de organização
próprio, isto é, um conjunto de princípios em boa parte
diferente do sistema de organização da fala.

(Carlos Alberto Faraco e Cristóvão Tezza. Oficina de Texto.
Petrópolis: Vozes, 2003, pp. 11-21. Fragmento adaptado).